Mais do que uma apropriação do trabalho, o capitalismo
contemporâneo – dito cognitivo, imaterial – opera uma
expropriação da linguagem e de suas virtualidades. Torna a
linguagem uma técnica, e a experiência, uma especialidade. O
videoclipe é um lugar privilegiado onde esse processo se realiza.
O clipe não pode se configurar como espaço critico. Ao manter-se
na encruzilhada entre o profissional e o artesão, entre o consumidor
e o amador, ele pode apenas ser ordinário.